{Referências de pesquisa: Conversas, trocas de email; Páginas na Internet: ufrgs.br/escultura/pesquisa; Jornal Perdidos no Espaço}

Um leito corrigido por um projeto higienista da década de 50 contém entre bordas danificadas o antigo Arroio Dilúvio, riacho localizado na cidade de Porto Alegre. Maria Ivone dos Santos, a partir de uma ação conjugada entre a prática artística, a universidade, a pesquisa, e a ação pública, tem realizado uma série de ações ao redor desse Arroio, ou, como ela diria, no seu "entorno".

As oficinas, palestras e exposições organizadas pela artista têm como mote principal a observação desse local específico na cidade. "Fração localizada" - termo técnico em urbanismo para estudo de uma área especifica na malha da cidade - , tornou-se o indicativo de ações diversas que solicitam a cidade por seu potencial espaço político, em que a conjugação das afetividades (consideradas a partir das subjetividades em trânsito e dos desejos movidos pelos percursos), proporciona a escrita de relatos - espécie de "mapas individuais" das escutas desse lugar. Percebe-se, com o projeto, que tomadas de relação são sintomáticas das formas de conectar-se com o lugar e entre si, ou seja, socialmente.

É através da aproximação do olhar, do estudo dessa pequena história, e de formas de registro que criam-se outras condições de vida para um riacho em abandono e desaparecimento dentro da malha urbana. Ao realizar o projeto, dado que é interdisciplinar, múltiplo, coletivo, a artista pergunta-se: Caberia à arte apontar como somos afetados pelas impressões e propor discutir essa expressão que nos constitui?" (texto em relacionados)

Realização: O Projeto fração Localizada é realizado em Porto Alegre (RS). Já foram realizadas apresentações do projeto em Rio de janeiro (2004), Buenos Aires (2005) e Salvador (2006).