O Espaço como obra: ações, coletivos artísticos e cidade

Enviado por aarquivista, ter, 2019-10-01 11:56

São Paulo

{da dissertação} 

 

O ESPAÇO COMO OBRA: Ações, Coletivos Artís- ticos e Cidade é uma reflexão a respeito dos processos de criação e impacto social das ações dos coletivos artísticos Contrafilé, Frente 3 de Fevereiro e Política do Impossível (de São Paulo) e GAC (de Buenos Aires), que começaram a atuar em meados dos anos 1990. A dissertação foi desenvolvida a partir de diversas vozes, que se complementam e entrecruzam: uma voz narrativa, que vai apre- sentando descobertas feitas em minha atuação como artista no es- paço urbano e que surge de uma dimensão local, inclusive íntima, chegando a uma voz mais “reflexiva e acadêmica”; vozes da grande mídia; as vozes dos próprios trabalhos artísticos apresentados; vozes dos coletivos, quando são utilizados como referências teóri- cas; e, por último, vozes de pensadores que de alguma forma influ- enciam o meu pensamento e o do movimento cultural do qual fazem parte as práticas urbanas aqui analisadas. O intuito é com- preender como as intervenções urbanas, ao mesmo tempo, resul- tam e geram uma rede de afetos e significados e evidenciam a emergência de uma subjetividade política contemporânea que passa, necessariamente, por discutir e concretizar políticas de repre- sentação, relação, subjetivação e modos de vida alternativos aos im- postos pelo neoliberalismo. Interessa, portanto, pensar como acontece e toma corpo a potência crítica situada deste tipo de re- sistência, configurando formas atuais do fazer político no contexto específico e complexo da cidade como escala e espaço referencial. O estudo se desenvolve como uma investigação ativa e participante de diversos trabalhos realizados pelos coletivos e através da qual me interessa observar essas ações/intervenções em seu poder dis

ruptivo, ou seja, em sua capacidade de presentificar acontecimen- tos que de alguma forma desestabilizem representações sociais e sensações prévias. E que, ao evidenciar a possibilidade de fazê-lo, trazem à tona um saber circulatório que difunde a imagem pro- duzida em situação (representação direta) e a experiência do “público” como obra.

palavras-chave: intervenção urbana, coletivos artísticos, subje- tividade política, cidade, espaço, representação direta, práticas situ- adas, potência crítica, performance, imagem, arte contemporânea, artes (aspectos políticos, culturais, urbanos e sociais), artes século 21, artes América Latina, arte pública, mídia e cultura, público, ativismo.

 

 

 

Dissertação apresentada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Arquitetura e Urbanismo

Área de Concentração: Projeto, Espaço e Cultura

Orientadora: Profa. Dra. Vera Pallamin

 

 


2012



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