EMERGÊNCIA

 

A EMERGÊNCIA no >DESARQUIVO é uma >ENTRADA para ativar a leitura dos >EVENTOS e >ESTRATÉGIAS nos seus modos de aparição táticos e quando sim, efêmeros. Ações táticas podem ser desenvolvidas para cumprir um feito iminente – emergências a serem ditas, a serem experimentadas, a serem realizadas, agenciadas por modos >AUTÔNOMOS e solicitando a cooperação de >AGENTES.

No >DESARQUIVO a EMERGÊNCIA está em seu próprio lugar, e não refere-se a algo que muda de status estabilizando-se em outro lugar (institucionalização, legitimação...). A EMERGÊNCIA é o movimento ou o próprio acontecimento que traz à superfície algo antes inexistente, insurgindo e constituindo o >CAMPO. A EMERGÊNCIA cinde a visibilidade naturalizada de constituição de um CAMPO da ARTE (circuito, sistema...) recorrentemente atribuída a iniciativas institucionais reificantes e a um vocabulário circular.

Perceber as EMERGÊNCIAS em seu próprio lugar é assumir a reversão que provocam, tal como a >RUPTURA que provocam em capturas de sentido. Sua operação tática é sua própria inteligência. Observar o agenciamento dos >EVENTOS e >ESTRATÉGIAS como EMERGÊNCIAS permite acompanhar seu movimento na articulação CAMPO/COMUM. A EMERGÊNCIA torna evidente o caráter problemático / INSTITUIÇÃO PROBLEMÁTICA / dos >EVENTOS e >ESTRATÉGIAS, demarcando seu modo de acontecimento como diferença e não como reprodução.

Emergindo, >EVENTOS e >ESTRATÉGIAS modificam a generalidade do COMUM e atuam incisivamente nos modos de acontecimentos da ARTE / INSCRIÇÃO da ARTE /. Demarcam também a criação de uma >ESFERA PÚBLICA.

A EMERGÊNCIA cria uma temporalidade própria (funda um tempo), que reelabora as relações espaço/tempo dicotomizadas ou desatualizadas. A EMERGÊNCIA muitas vezes se confunde aos >EVENTOS e >ESTRATÉGIAS. Seu acontecimento é manifestação direta da potência dos > AGENTES / AUTOPOIESE /, e uma relação possível com a > HISTÓRIA. A EMERGÊNCIA incide na >HISTÓRIA.