{Referências de pesquisa: Conversa; troca de emails; página na internet com o vídeo registro da ação: http://www.youtube.com/watch?v=f5rTGxc_ALo e relato da ação: ufrgs.br/artes/escultura}

Romy faz uso de pequenas palavras impressas em adesivo (ARTE, MUSEU, LUGAR, ESPAÇO), as quais cola em diversos objetos dentro de um shopping em Porto Alegre. A ação produz um enunciado efêmero, porém por tempo suficiente para modificar contextualmente o local em que se instala, alterando a percepção daquele espaço, concessão que faz aos passantes neste território onde os corpos são domesticados, e porque não - domados.

Segundo texto da própria autora, "a decisão de intervir no espaço público através de colagens de palavras referentes ao universo da arte foi estratégica, pois estes locais possibilitam uma dinâmica maior onde os fluxos da variáveis são mais difíceis de serem controlados e onde há possibilidade de encontrar um olhar diferenciado que não está, na maioria das vezes, familiarizado com os códigos utilizados pela arte contemporânea. Também coincide com a proliferação, na atualidade, dos chamados "não-lugares": aqueles pelos quais ninguém sente um apego particular e que não funcionam como pontos de encontro da maneira tradicional; são definidos pela super-abundancia e o excesso - espaços relacionados com o transporte rápido, o consumo e o ócio"

A artista realiza uma espécie de "teste" de proposição de um território especifico construído a partir da hibridação com outro território que não seria institucionalmente o da arte. A inscrição das palavras portanto, opera na inserção da experiência da arte, e o teste trabalha também nesse limite, em que nos perguntamos: até que ponto pode-se viver/fazer arte com uma ação tão minima?

Realização:
2004. Ação foi realizada no Shopping Iguatemi, em Porto Alegre (RS). Documentada em fotografia e vídeo.