O Inversor

Enviado por ex0d0, ter, 2011-08-23 01:13


{Referências de pesquisa: O Inversor + Considerações sobre o Inversor, de Neiva Bohns (disponível em RELACIONADOS: TEXTOS) e http://www.ufrgs.br/escultura/fsm/jornal/inversor.htm}

Mais do que um objeto, o Inversor seria uma exposição, e mais do que isso, um
processo de exposição.

O Inversor surgiu de um encontro, uma amizade entre Maria Ivone Dos Santos, Hélio Fervenza, Marie-Anne Pouhin e Gabriel Goerger. Havia a necessidade de formular uma interrogação em relação ao sentido de interpretação habitual do trabalho artístico. O que está por detrás da obra? O que acontece se nós voltamos, ou retraçamos nossos passos até o cruzamento dos caminhos?

A noção de inverso constituia-se à medida em que desenvolvia-se um projeto de cartaz. Desde então, este problematiza o lugar de exposição.

Todos trabalharam a partir de imagens fotográficas realizadas por eles mesmos. Todos trabalharam com fotos do corpo em relação à um objeto. A partir das imagens, de sua composição e de algumas interferências foram impressos os 1000 cartazes em off-set.

No Inversor utiliza-se o suporte, as características do cartaz. Habitualmente existe uma distância no espaço e no tempo entre o que pode anunciar, apresentar ou mostrar um cartaz e o lugar aonde isso acontecerá. Mas aqui o cartaz, ao invés de anunciar um evento, uma exposição, torna-se ele mesmo este evento.

A exposição apóia-se e é acionada pela utilização dos códigos e procedimentos do cartaz: reprodutibilidade das imagens, multiplicidade dos lugares de apresentação, meio visual direto de mostrar alguma coisa, a não-necessidade de um suporte específico para ser colocado (sobre um muro ou um poste, a rua ou um interior), etc.

O Inversor foi apresentado nos seguintes locais e datas:
Galerie Finnegans', lançamento do projeto e primeira escala, 10, 11 e 12 de dezembro 1993, Estrasburgo, França.
C.I.R.C.T. / Fondation DANAE, fachada externa, 09 de julho à 18 de setembro 1994 durante o evento "Le Créer", Pouilly, França.
Interferência de 24 hs na ponte do Paseo Vicente Huidobro, 14 de novembro 1995, Santiago, Chile.
Terraço do 4° andar (face ao rio) da Usina do Gasômetro, Porto Alegre, do 13 de abril ao 10 de maio 1996.


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