{Referências de pesquisa: http://www.forumpermanente.org/rede/arte-e-esfera-publica}
A noção de arte pública tradicionalmente diz respeito à instalação de uma obra de arte em praças e parques. Mas o que seria a arte pública no contexto atual?
Podemos apontar três paradigmas da arte pública(1):
1. Arte no espaço público
O artista realiza uma obra de seu estilo fora do museu. O que legitima estas obras como “públicas” é simplesmente o fato de estarem instaladas em espaços considerados públicos.
2. Arte como espaço público
Artistas integram projetos de renovação urbana, realizando construções arquitetônicas ou esculturas que funcionam como mobiliário urbano e paisagismo.
3. Arte no interesse público
Artistas colaboram com audiências específicas, tratando de assuntos diretamente relevantes nas vidas dessas pessoas.
É este terceiro exemplo que embasa o projeto Arte e esfera pública. Apoiados em práticas contextuais (site-specific) e em projetos de colaboração, objetivamos pensar em como se constitui uma esfera pública hoje, ou, mais apropriadamente, em como se constituem e se sobrepõem diferentes esferas públicas, diferentes contextos e diferentes audiências.
O mundo da arte pode ser entendido como uma esfera pública? Como o mundo da arte se relaciona com outros mundos/outras esferas? Qual o papel do artista nesta relação?
As atividades aconteceram na Casa da Cidade, no Centro Cultural São Paulo e no Jamac – Jardim Miriam Arte Clube. No Centro Cultural foi montada a BASE móvel.
A BASE móvel esfera pública é uma estrutura flexível que objetiva proporcionar encontros, conversas e estudos, foi desenhada em colaboração com o grupo Risco e abriga debates, oficinas e três projetos: O "Arquivo de emergência"; Graziela Kunsch abre sua biblioteca pessoal para uso público e leva para exposições obras sobre esfera pública, arte site-specific, produção de públicos/contra-públicos, práticas urbanas e práticas discursivas, além de disponibilizar seus livros a artista trabalhou com a Biblioteca Ricardo Rosas, doada ao Centro Cultural São Paulo, André Mesquita, atual editor do Rizoma [http://rizoma.net], projeto fundado por Ricardo, foi convidado para colaborar na seleção de livros; e "Café Educativo" de Jorge Menna Barreto.