{Fonte: https://cinefalcatrua.wordpress.com, http://diplo.org.br/imprima2099 e http://www.overmundo.com.br/overblog/falcatrua-seria}
Projeto de extensão da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) que fazia uso de tecnologias digitais para atualizar o formato dos antigos cineclubes e problematizar questões relativas à distribuição e à produção dentro de uma nova tecnologia de mídias.
No fim de 2003, quatro estudantes da UFES interessados em exibir filmes, criaram um projeto de extensão chamado Videoclube Digital Metrópolis. A idéia era promover sessões independentes de cinema, sem linha editorial, cuja prioridade máxima era o usufruto da exibição.
As duas primeiras sessões aconteceram no Teatro Metrópolis, que logo fechou as portas. Aí os meninos começaram a fazer exibições pelo campus: no paredão do curso de Comunicação, no galpão das artes, na grama em frente a biblioteca. Qualquer lugar era lugar pra exibir.
Foi quando o videoclube se transformou em Cine Falcatrua, apelido dado pela galera que acompanhava o circuito de exibição gratuita dos filmes baixados via internet. Raridades, lançamentos e novidades passavam na tela do cineclube, que acabou conquistando um público eclético.
O primeiro filme a passar foi Matou a Família e Foi ao Cinema, de Julio Bressane. O segundo, que ainda não tinha estreado no circuito, era Kill Bill, de Quentin Tarantino, Europa Filmes. O Falcatrua também exibiu, antes de sua estréia no Brasil, o documentário de Michael Moore, Farenheit 11 de Setembro, Lumière.
O Cine Falcatrua é um dos carros-chefes do movimento da cultura livre. Protagonista do circuito nacional de Conteúdos Livres — com suas mostras de filmes, sob as (des)licenças Creative Commons e copyleft, e seus festivais de mídia-ativismo, esse cineclube universitário trabalha com tecnologias acessíveis do digital para democratizar a produção cultural. O grupo promove exibições abertas e gratuitas de filmes baixados da internet, sempre acompanhadas de discussões e intervenções. Também ministra a oficina Cineclubismo Digital Gambiarra, que ensina como produzir, projetar e distribuir filmes digitais. Além de tudo, ainda prepara material de divulgação acerca de direitos autorais, difusão cultural e cinema livre.
Realizou eventos como o Laboratório de Roteiro Pornô, Festival Internacional de Filmes de Fantoche, Festival-Dispositivo, dentre outros.