Sheila Cabo Geraldo

Enviado por ex0d0, qui, 2011-08-18 12:45

Rio de Janeiro

{do site da Editora NAU}

Procientista na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Professora de História da Arte no Instituto de Artes e no Programa de Pós-Graduação em Artes - PPGARTES, também na UERJ. É Doutora em História pela UFF, onde defendeu a tese Arte e Modernidade Germânica, em 2001. Escreveu o livro Goeldi: modernidade extraviada e é editora da revista Concinnitas, do Instituto de Artes/PPGARTES. Fez pós-doutorado (2007/08) na Universidade Complutense de Madri, com bolsa Capes. É membro do Grupo de Pesquisa I+D Arte y Política: Argentina, Brasil, Chile y España e da Red Conceptualismos del Sur.

 

Área de investigação:
A pesquisa refere-se à necessidade de se pensar a arte do ponto de vista da história, problematizando a permanência da hegemonia cultural e política européia e norte-americana, que se instaurou com a constituição da arte e da história da arte como campos de conhecimento, uma prerrogativa da modernidade. Inclui, ainda, uma reflexão sobre a participação da produção brasileira de arte no processo que envolve o reconhecimento de dicções locais, assim como de institucionalização global. Essa discussão inscreve-se em um debate mais geral, que diz respeito às transformações no conceito de arte, considerando-se as relações de pós-produção, ou seja, aquelas marcadas nos últimos 20 anos pelo capital abstrato, cultural.
Abre-se, assim, outro eixo de investigação, que tem como referência a produção dos anos 1960 e 1970, especialmente a identificada pela resistência em arte ao que ficou conhecido como sociedade do controle, do biopoder, ou do espetáculo. Considera-se a reflexão sobre a produção artística das duas últimas décadas (1990 e 2000), teorizada também como relacional ou colaborativa, e a retomada das prerrogativas da arte conceitual, sobretudo no debate sobre a inserção no espaço público como uma forma de ação política em arte.

Projeto de pesquisa:
Arte e História na contemporaneidade: implicações políticas
O projeto, que alterou seu título desde 2009, anteriormente chamado História e Arte no Brasil Moderno e Contemporâneo, bem como firmou certas perspectivas críticas, se propõe a fazer uma investigação sobre a história da arte produzida no Brasil nos últimos quinze anos. Pretende-se avaliar uma amostra dessa produção no nível especulativo, partindo da premissa de que a história da arte, mas, sobretudo aquela que se propõe a historiar a arte moderna e contemporânea, constitui um campo de conhecimento que implica a interdependência da história, da teoria artística e da crítica de arte. O levantamento proposto será efetivado, inicialmente, através do banco de dados das universidades que tenham programas de pós-graduação na área de Artes, História da Arte ou História , assim como daqueles que tenham linhas de pesquisa em História da Arte ou que tenham alguma linha de pesquisa em que a História da Arte esteja numa relação transversal. Assim, trataremos prioritariamente os programas de Artes e História da Arte, mas também os de História, Arquitetura e Comunicação, cujas teses apresentem essas características.
Como pressuposto investigativo, que norteará não só a seleção da amostra, mas também a reflexão teórica, tem-se a constatação de que, assim como a arte, a história da arte hoje constitui um campo de conhecimento cujas interrogações concentram-se na garantia da especificidade da produção artística, mas apontam para muitas e variadas áreas do conhecimento, requerendo, assim, uma metodologia historiográfica interdisciplinar, ou híbrida. Parte-se, ainda, do princípio de que essa produção, que conjuga história, teoria e crítica da arte deve ter como projeto ser mediada pela discussão do lugar da história da arte, da possibilidade da crítica e da função da teoria na realização da arte. Tal discussão se mostra agravada pela identificação da morte dos processos produtivos de tradição moderna e pela tentativa de reposição dos procedimentos artísticos que sempre requerem uma ação produtora. O projeto de pesquisa, portanto, investiga a presença da relação entre história, teoria e crítica nessa produção historiográfica contemporânea brasileira, o que implica o repensar da história depois do anúncio da morte da arte, mas também da constatação de sua resistência. O projeto "Arte e política: Argentina, Brasil, Chile e Espanha" envolvido na investigação, cujo objetivo analisar a relação dos novos comportamentos artísticos contemporâneos e as condições e atuações políticas, envolve os professores Aurora Fernández Polanco, Josu Larrañaga e Tonia Raquejo, da Universidade Complutense de Madrid. Da Universidade de Valencia, os profesores Juan Vicente Aliaga e José Miguel Cortés. Da Universidade de León, Javier Hernando. Pela Universidade Nacional de Educación a Distancia, de Madrid, Sagrario Aznar. A Universidade de Playa Ancha, no Chile, participa com os profesores Justo Pastor Mellado, Alberto Madrid y José de Nordenflycht. A Universidad de Buenos Aires com Diana Wechsler y Teresa Constantin. Universidade do Estado do Río de Janeiro com Sheila Cabo Geraldo e a Universidade de São Paulo com Daria Jaremtchuk. O projeto pretende analisar a posição dos novos comportamentos artísticos no que diz respeito a uma redefinição que se produziu no conceito de política.


2011


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