{da introdução do texto}
Publicado originalmente em
Revista Concinnitas | ano 17, volume 01, número 28, setembro de 2016
Revista do PPG do Instituto de Artes da UERJ
"O texto a seguir pretende abordar, de forma breve, a cultura de formação de acervos públicos no Brasil tratando como estudo de caso a construção do acervo do Museu de Arte do Rio (MAR), inaugurado em 2013 na Praça Mauá. A escolha deste museu em especial acontece por assistir nele a repetição de uma prática que recorre às doações privadas para a formação de acervos públicos. Desde sua inauguração o MAR tem estimulado, seguindo tendência global, esse tipo de mecenato (colecionadores e galerias comerciais) na formação de sua coleção, desenvolvendo campanhas de doação em feiras de arte e publicizando seus doadores em contrapartida. Ao transferir à iniciativa privada a responsabilidade pela construção de um acervo público, o Estado recorre a práticas problemáticas, escondendo problemas essenciais que refletirão na constituição deste patrimônio. Considerando que a definição do patrimônio cultural é fator decisivo para a identidade cultural de um povo, sua constituição deve ser cercada de cuidados para que seus efeitos não manifestem verdades inventadas ou dissimulem resultados políticos ou ideológicos." (...)