{Fonte: http://www.pipa.org.br/pag/artistas/andre-severo/}
Mestre em poéticas visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, iniciou, em 2000, ao lado de Maria Helena Bernardes, as atividades de AREAL, projeto que se define como uma ação de arte contemporânea deslocada que aposta em situações transitórias capazes de desvincular a ocorrência do pensamento contemporâneo dos grandes centros urbanos e de suas instituições culturais.
Em 2004 publicou “Consciência errante”, quinto volume da série “Documento Areal” que busca contribuir com o eixo das reflexões contemporâneas sobre o estabelecimento de um intenso diálogo a respeito das fronteiras que conformam os processos de conhecimento que possibilitam a existência da arte.
Em 2007 elaborou o projeto Lomba Alta, um programa de residência que se utiliza do espaço físico de uma fazenda, em plena atividade, na região central do estado do Rio Grande do Sul e pretende oferecer o espaço e os meios para a realização de investigações artísticas que coloquem em foco a experiência do fazer criativo e reflexivo compartilhado.
Em 2008 inaugurou, conjuntamente com Marcelo Coutinho, o projeto Dois vazios, que almeja alcançar não somente o encontro de duas linguagens artísticas (cinema e artes plásticas), mas também o embate entre duas vastas paisagens brasileiras: os pampas da região Sul e o sertão da região Nordeste.
Em 2009, como parte de seu envolvimento no Projeto Pedagógico, da 7a Bienal do Mercosul publicou, “Histórias de península e praia grande/Arranco”, trabalho realizado em parceria com Maria Helena Bernardes e que consiste em um livro reunindo pequenas histórias orais colhida na metade sul do estado do Rio Grande do Sul e em um filme que traduz em imagem, tempo e símbolo a amplidão e o imaginário da região.
Em 2010, também em parceria com Maria Helena Bernardes, é responsável pela curadoria da mostra “Horizonte expandido”, proposta expositivo/reflexiva que almeja propiciar um maior contato do público brasileiro com obras e registros de experiências artísticas radicais que inauguraram um importante debate sobre as formas de compartilhamento da arte e se inclinaram a tratar de uma problemática ainda presente na produção artística contemporânea: a construção e afirmação de novas possibilidades de contato entre arte e público.
Ainda em 2010 lança “Soma”, uma experiência audiovisual que trata do encontro de indivíduos movidos pelo impulso da errância e “Deriva de sentidos”, livro que enfoca os possíveis confrontos entre o exercício físico e a própria paisagem e ajuda a cumprir um dos principais objetivos do Projeto Areal: o de viabilizar a produção e documentação de trabalhos, filmes e publicações que buscam situar os processos criativos em um momento anterior ao de classificação e categorização.