Ericson Pires

Enviado por ex0d0, qui, 2011-08-18 12:45

Rio de Janeiro

{do site do autor} Ericson Siqueira Pires (Rio de Janeiro, 30 de maio de 1971 - Rio de Janeiro, 17 de março de 2012). Poeta, performer, professor universitário. Foi fundador do CEP 20000 (Centro de Experimentação Poética), Corujão da Poesia, Cambralha, FalaPalavra, Grupo Hapax, Banda LapTop Violão e ParadaPalavra. Também foi editor da Revista Global Brasil e militante da Rede Universidade Nômade. Doutor em Estudos de Literatura pela Puc-Rio, foi Professor do Instituto de Artes da UERJ e participou do PACC (Programa Avançado de Cultura Contemporânea) da ECO-UFRJ. Participou do programa Oncotó da TV Brasil. Publicou Cinema Garganta, em 2002; Zé Celso e a Oficina-Uzyna de Corpos, em 2005; Cidade Ocupada, em 2007 e Pele Tecido em 2010. Ericson foi figura fundamental e determinante em tudo o que se desenvolveu em poesia, artes plásticas e teatro nas décadas de 90 e 00. Não só criando e desenvolvendo linguagem como insuflando criatividade e subjetividade em todos os autores com quem se relacionou. Ericson foi interlocutor fundamental no diálogo entre artistas de distintos lugares, frentes, linguagens, áreas e coletivos, atuando desta forma também na área acadêmica. "O tecelão segue".

 

{do site da editora Aeroplano} Ericson Pires nasceu na Lapa, Rio de Janeiro (1971). É graduado em História, mestre em Literatura Brasileira, doutor em Estudos de Literatura, todos pela PUC-Rio. Atualmente desenvolve sua pesquisa de Pós-Doutorado no PACC (Programa Avançado de Cultura Contemporânea) da UFRJ. É professor adjunto do Instituto de Arte da UERJ, Performer, é fundador do grupo de ação HAPAX e do Coletivo RRRadial. Poeta, publicou Cinema de garganta (Azougue Editorial) e participou desde os primeiros momentos do CEP 20.000 (Centro de Experimentação Poética). Militante, editor da Revista Global-Brasil e particpa da Rede Universidade Nômade. Publicou o livro Zé Celso Oficina-Uzyna de Corpos (Editora Annablume). É professor de jiu-jitsu. Anda muito pela cidade… ama muito…

Ericson faleceu em 2012. A Arquivista encontrou on line essa poesia de Ericson, que achou apropriado ser lido como parte de sua biografia:

{do site http://oesquema.com.br/diginois/2012/03/18/ericson-pires-1971-2012/} TODO DIA É LONGO. Todo dia é vermelho. As linhas não alcançam. O parto corta o meio. Limbo numa fresta. Todo dia não termina. Todo sol é vermelho. A chuva volta. A chave abre. A chave fecha. A porta, o caminho, o doce, úmido, vulto. TODO DIA. Pintas na cara do dia. Encontros. Todo dia volta. O verão é vermelho. Nada volta. Nada foi. Tudo. TODO. Todo dia é outro. Instante vermelho. Mesmo mil vezes. Repetido. Repetindo. De novo outro. Nenhum. Em nenhum. Nenhum mesmo. Réstia. Restinga. Filtro branco. Fumaça de ônibus velho. Acelerador de partículas. Todo dia encerra. Teu cabelo vermelho. Meu mamilo vermelho. Tua unha vermelha. Minha ponta vermelha. Vermelho são cores. Todas as cores. Todo. TODO DIA é.


2011


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