Zé Celso e a Oficina-Uzyna de Corpos

Enviado por claranja, sex, 2015-06-12 09:27


Ericson Pires

Rio de Janeiro

{da introdução do livro}

O presente trabalho foi apresentado como item necessário à obtenção
do título de Mestrado pela PUC-Rio em janeiro de 2000. Nesse sentido, já se colocam as limitações que um processo de pesquisa como esse pode apontar. O desejo de realizar um trabalho que alcançasse a extensão e a intensidade das trajetórias presentes na vida/obra de Zé Celso Martinez Corrêa e suas Oficinas-Uzynas de corpos infelizmente não pode ser inteiramente saciado.

 

Essa frustração tem um motivo feliz: a produção de Zé Celso continua em
plena força, com toda sua potência constituinte, realizando o desafio de afirmar a possibilidade do teatro como vetor de produção de diferença e espaço de resistência, de re-insistência, de insistência no corpo, na vida. Zé Celso insiste na vida e em todo seu poder de singularização, diante do imenso marasmo do mesmo, propagado pelas modulações de controle do biopoder, do poder sobre/no corpo. Ele não tem medo. Ele continua enfrentando seus velhos inimigos, defendendo seu espaço de criação da ameaça constante de interesses comerciais escusos, atacando quem o ataca, explicitando a miséria simbólica que certos magnatas da TV brasileira querem propagar. Ele segue realizando um real outro em sua Oficina-Uzyna de forças. O dínamo não pára. A criação atua com força. Ele segue realizando sua liturgia de afirmação da vida, sobre qualquer dos interesses que a lógica do controle – perpetrada pelo fundamentalismo de mercado – pretende anular. Zé Celso está vivo e brilha."


2005


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